Maputo, 27 de Agosto de 2025 — Moçambique registou uma queda acentuada no número de milionários e perdeu posições no ranking de riqueza africano. Segundo o mais recente relatório da New World Wealth, consultado pela Integrity Magazine News, o país contabiliza actualmente 800 milionários e apenas dois centimilionários, ocupando a 18ª posição continental.
Em 2023, Moçambique figurava no 16º lugar, com cerca de 1.100 milionários, o que significa uma perda de 300 fortunas individuais em apenas dois anos, traduzindo-se numa descida de 11% na hierarquia continental.
O retrato da elite africana
O ranking de 2025 confirma a África do Sul como a economia mais próspera em termos de riqueza privada, com 41.100 milionários, 112 centimilionários e 8 bilionários. Seguem-se:
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Egipto: 14.800 milionários, 49 centimilionários e 7 bilionários.
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Marrocos: 7.500 milionários, 35 centimilionários e 4 bilionários.
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Nigéria: 7.200 milionários, 20 centimilionários e 3 bilionários.
Entre os países lusófonos, Angola mantém-se na 11ª posição, com 2.300 milionários e 6 centimilionários, consolidando-se como a economia mais robusta de língua portuguesa em África.
As cidades que concentram fortunas
As grandes cidades continuam a ser o epicentro da riqueza africana. Na liderança estão:
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Joanesburgo (África do Sul) – 11.700 milionários, 24 centimilionários e 2 bilionários.
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Cidade do Cabo (África do Sul) – 8.500 milionários, 35 centimilionários e 3 bilionários.
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Cairo (Egipto) – 6.800 milionários, 29 centimilionários e 5 bilionários.
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Nairobi (Quénia) – 4.200 milionários e 10 centimilionários.
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Lagos (Nigéria) – 3.600 milionários, 12 centimilionários e 2 bilionários.
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Casablanca (Marrocos) – 2.900 milionários, 11 centimilionários e 1 bilionário.
A África do Sul domina ainda com outras regiões de forte concentração de riqueza, como Cape Winelands (3.800 milionários), Umhlanga e Ballito (3.700), Rota Jardim (3.200) e Pretória (2.300).
O futuro da riqueza africana
O relatório prevê que, na próxima década, a população milionária africana cresça 65%, impulsionada pela diversificação económica, investimentos em infraestruturas e pela ascensão de novas indústrias tecnológicas e financeiras.
Actualmente, o continente abriga 25 bilionários, 348 centimilionários e 122.500 milionários, uma transformação profunda em comparação ao final do século XX, quando os bilionários eram raros e muitas economias enfrentavam décadas de estagnação.
A publicação, considerada a “radiografia anual definitiva da riqueza privada em África”, destaca não apenas os países e cidades mais ricos, mas também analisa mobilidade económica, migração de capitais e tendências de investimento, oferecendo um panorama abrangente da nova geografia do poder económico no continente.
Resumo em números (2025):
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Moçambique: 800 milionários, 2 centimilionários (18º lugar em África).
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África do Sul: 41.100 milionários (líder continental).
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África: 122.500 milionários, 348 centimilionários, 25 bilionários.
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Crescimento esperado da população milionária africana até 2035: +65%.