| Reprodução: Presidência |
Num acordo considerado sem precedentes na história recente de Moçambique, o Governo moçambicano e a Al Mansour Holding, um dos maiores conglomerados económicos do Qatar, firmaram esta segunda-feira (26 de Agosto) um pacto estratégico de cooperação avaliado em 20 biliões de dólares norte-americanos.
A assinatura ocorreu após um encontro de alto nível entre autoridades moçambicanas e o Sheikh Mansour Bin Jabor Bin Jassim Al Thani, membro da família governante do Qatar e representante do grupo empresarial, consolidando uma relação que promete reposicionar Moçambique no mapa global do investimento.
Um leque de sectores vitais
O acordo não se limita a um único sector: abrange agricultura, pecuária, pescas, petróleo e gás, energias renováveis, construção de estradas, caminhos-de-ferro e centros logísticos. A aposta inclui ainda edificação de escolas, hospitais e habitações sociais, com o objetivo declarado de modernizar infraestruturas e responder às necessidades básicas da população.
Especialistas descrevem a dimensão da parceria como “transformadora”, tanto pelo valor envolvido quanto pela diversidade dos projectos. “Trata-se de um pacote que tem capacidade para alterar a matriz económica e social do país”, afirmou uma fonte próxima das negociações.
Juventude e emprego no centro da agenda
Um dos pontos mais sublinhados durante a assinatura foi a criação de empregos. Os investimentos, segundo o Governo, terão como foco o empoderamento da juventude moçambicana, considerada o maior activo do país.
“São projectos que criam oportunidades hoje e esperança para o amanhã; que empoderam os jovens, elevam comunidades e asseguram que a prosperidade chegue a todos os cantos da nossa sociedade”, destacou a delegação moçambicana.
Impacto social e geopolítico
Com a aposta do Qatar, Moçambique reforça o seu papel como destino estratégico para grandes investimentos internacionais. Analistas observam que, além do impacto económico, o acordo pode também fortalecer laços diplomáticos e abrir portas para novas parcerias no Médio Oriente e além.
Para já, resta acompanhar a implementação dos projectos e a sua materialização no terreno — um desafio que exigirá capacidade de execução, transparência e rigor, sob pena de comprometer um dos acordos mais ambiciosos da história do país.