O partido ANAMOLA, liderado por Venâncio Mondlane (VM7), acaba de ganhar um novo símbolo da sua ascensão política: a sua primeira Sede Nacional, localizada na Província de Maputo, Distrito de Boane, Vila Municipal de Matola Rio.
Mas o detalhe que mais chama atenção é que o espaço não foi adquirido pelo partido. A sede foi oferecida por um empresário anônimo, que preferiu não se identificar, mas que, segundo fontes próximas, acredita firmemente na necessidade de um novo rumo político para Moçambique.
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Um gesto com forte simbolismo
A doação tem um peso político enorme. Numa conjuntura em que partidos emergentes lutam com falta de recursos, um gesto deste tipo sinaliza credibilidade e apoio silencioso da sociedade civil e do setor privado, que até então permaneciam receosos de se expor em iniciativas de oposição.
Estrutura e ambição
Com a nova sede, o ANAMOLA passa a ter um centro de coordenação nacional para dinamizar os seus comités provinciais e distritais. A meta declarada por Venâncio Mondlane permanece ousada: disputar todos os municípios em 2028, enfrentando diretamente a hegemonia da FRELIMO.
Entre a esperança e a incógnita
A identidade do empresário permanece em segredo, mas a sua decisão levanta questões inevitáveis:
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Até que ponto o setor privado está pronto para financiar abertamente novas forças políticas?
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O anonimato é uma forma de autoproteção face a possíveis represálias ou um sinal de que ainda falta coragem para assumir o apoio ao novo projeto?
O certo é que o ANAMOLA, que começou como movimento de contestação, agora tem casa própria e uma base física de onde poderá projetar a sua estratégia nacional.