Salomão Muchanga - Presidente do paprtido Nova Democracia e seus membros |
A polêmica entre a Hidroelétrica de Cahora-Bassa (HCB) e a Mozal, gigante produtora de alumínio, ganhou um novo e inesperado capítulo. O Movimento Nova Democracia (ND) emitiu uma nota dura e sem rodeios: “A soberania do Estado não admite chantagem”.
No fim, a ND lança uma pedra pesada ao lago:
👉 “Mozal precisa de Moçambique muito mais do que Moçambique precisa da chantagem da Mozal.”
1. Um conflito que ultrapassa números
A nota da ND que a ClearAgenda teve acesso, vai além das contas e contratos. Sem entrar em detalhes técnicos sobre tarifas ou cláusulas, o movimento deixa claro: não se trata apenas de negócio, mas de soberania nacional. A Mozal opera em solo moçambicano, consome energia vital e impacta milhares de trabalhadores, comunidades e empresas locais. Logo, não pode impor ameaças que colidem com os alicerces do Estado.
2. Entre ganhos económicos e feridas ambientais
Embora reconheça que a Mozal contribui para o PIB e para o desenvolvimento comunitário, a ND resgata um ponto frequentemente silenciado: os custos ambientais e de saúde pública. Desde sua implantação, a multinacional acumula críticas por danos irreversíveis ao meio ambiente, às comunidades circunvizinhas e até aos próprios trabalhadores.
A pergunta que a ND levanta é simples e brutal: vale a pena sacrificar o futuro ecológico e humano de Moçambique em troca de energia barata para o alumínio?
3. O recado político por trás da nota
A firmeza da ND ecoa como uma mensagem direta: nenhuma empresa, por maior que seja, pode dobrar o Estado. A chantagem de cortar investimentos ou ameaçar empregos é vista como um ataque à dignidade nacional e à autonomia de Moçambique.
Para o partido, desenvolvimento real só existe quando o crescimento económico caminha junto com justiça social, saúde comunitária e proteção ambiental.
4. “Moçambique primeiro”
A Nova Democracia remata a sua posição reforçando que as negociações devem seguir os princípios de boas práticas, respeito mútuo, legalidade e ética. O benefício não deve ser apenas bilateral (Mozal e HCB), mas extensivo a todo o povo moçambicano.
No fim, a ND lança uma pedra pesada ao lago:
👉 “Mozal precisa de Moçambique muito mais do que Moçambique precisa da chantagem da Mozal.”
🔥 Este é mais do que um comunicado partidário. É um ato de resistência política contra a dependência silenciosa de multinacionais que transformam riqueza nacional em lucros externos, deixando atrás dívidas ambientais e sociais.